FERNANDA MONTENEGRO


Fernanda Montenegro lança autobiografia, que percorre os seus 70 ...

Nascida Arlette Pinheiro Esteves da Silva, é filha de Vitório Esteves da Silva, marceneiro, filho de portugueses dos Açores, e de Carmen Nieddu Pinheiro da Silva, dona de casa, filha de italianos da Sardenha. A pequena Arlette nasceu em casa, com o auxílio de uma parteira, em Campinho, no subúrbio carioca. Seus pais tiveram três filhas, sendo a atriz a mais velha. A irmã do meio, ainda é viva, e se chama Aída, já a mais jovem, Áurea, faleceu há alguns anos. Seu avô materno, Pietro Nieddu, a quem a atriz não conheceu, construiu junto de outros imigrantes, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Fernanda cresceu neste ambiente feliz, de união familiar, frequentando colégios públicos e o sítio dos seus avós em Jacarepaguá.

Com doze anos de idade, conclui seu primário e dedica-se a formação para o trabalho, matriculando-se no curso de secretariado Berlitz, que compreendia inglês, francêsfrancês, português, estenografia e datilografia. Frequentava ainda o curso de madureza à noite, conseguindo concluir o equivalente ao ginasial em dois anos. Aos quinze anos, porém, Fernanda, ainda no terceiro ano do curso técnico de secretariado, inscreveu-se num concurso como locutora na Rádio MEC, fator que foi decisivo para a sua carreira. O concurso, chamado "Teatro da Mocidade", era voltado a despertar jovens talentos para o radialismo.Ser locutora de rádio foi seu primeiro emprego. Localizada na Praça da República (Campo de Santana), a Rádio MEC fica ao lado da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, na qual funcionava um grupo de teatro amador dos alunos da faculdade, coordenado pelo professor Adauto Filho. Ligada a Magalhães Graça e Valquíria Brangatz (também chamada artisticamente de "Neli Rodrigues"), alunos da Faculdade e colegas na Rádio, Fernanda passa a integrar o grupo de teatro, ao participar da peça "Nuestra Natascha" interpreta sua primeira personagem, Cassona. Posteriormente, foi levada pelo professor Adauto para participar de atividades no Teatro Ginástico.

Iniciou sua carreira no ano de 1950, na peça Alegres Canções nas Montanhas, ao lado de seu marido, Fernando Torres. Foi a primeira atriz contratada pela recém-criada TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1951. Seu nome, Arlette, foi considerado muito comum para uma atriz e lhe pediram para escolher um nome mais forte, mais chamativo, e por gostar do nome, escolheu Fernanda. Fernanda é considera por muito como uma das maiores atrizes da televisão brasileira, além de ja ter estrelado centanas de teleteatros, começou nas tele novelas na época de 1954 com a novela MURALHA, que era transmitida rela Record TV. 
Dentre os inúmeros prêmios nacionais e internacionais que recebeu em seus mais de setenta anos de carreira, em 1999, foi condecorada com a maior comenda civil do país, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, Além de ter sido cinco vezes coroada com o Prêmio Molière, ter recebido três vezes o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, ganhou ainda o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1998 pela interpretação de "Dora" no filme Central do Brasil , o que valeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz em 1999 e ao Globo de Ouro de melhor atriz em filme dramático.




Fernanda Montenegro lança um livro sobre suas memórias. No Marco de seus noventa anos a artista eternamente genial, conta suas memorias numa prosa afetiva, cheia de inteligência e sensibilidade, Prólogo, ato, epílogo é o nome dessa obra de arte.

e aqui vai um pequeno trecho da sinopse do livro:

“Você, que é estudante, venha participar do Radioteatro da Mocidade!”, anunciou o locutor da Rádio MEC. Aos quinze anos, Arlette Pinheiro cursava secretariado na Berlitz, e decidiu atender ao chamado. Saiu do subúrbio onde morava com a família e apresentou-se para a seleção no pequeno prédio da emissora, em frente ao Campo de Santana, no centro do Rio. Pouco depois de ingressar na rádio, ela adotaria o nome artístico que viria a se tornar sinônimo de excelência no teatro, no cinema e na televisão: Fernanda Montenegro.

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